ASSOMBRO / Fantôme Méchant / SHADE
A sombra de um pais não larga o seu corpo. Presente mas ignorada, essa sombra é parte integrante do sujeito e da sua identidade cultural. Ana Rita Teodoro cria uma série de quadros vivos. Imagens fixas, onde a canção emerge de uma voz deslocada da sua boca. «Assombro» tenta de compreender pela dança e a reactivação de cantos tradicionais portugueses, os fantasmas que nos assombram hoje. Chamá-los, ouvir as suas vozes e por meios de dissociação, procurar a transgressão.

Orientadas nas canções de mulheres, as canções foram seleccionadas a partir dos registos de Giacommetti (anos 60/70) e do projecto actual de Tiago Pereira MPAGDP. Um pretexto para falar de «Assombro» como crise de identidade, como meio de transgressão das condições femininas. Que lugar resta para as canções do passado, em perigo de serem esquecidas nos arquivos?
Canções engolidas pelo tempo, reinvindicam a sua voz actual.
Ficha Técnica: Coreografia et Interpretação: Ana Rita Teodoro; Desenho de Luz: José Álvaro Correia; Produção: ASSOCIAÇÃO PARASITA; Co-produção: Théâtre de Vanves; Com o apoio de: Fundação Calouste Gulbenkian, CND de Paris (Centre National de la Danse); Residências Artísticas: Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo, Portugal), CND de Pantin (Centre National pour la Danse, Pantin); Agradecimentos: Tiago Pereira (MPAGDP), Bernardo Chatillon e a todos os “fantasmas” que me acompanharam em residencia no CND.